Uma mensagem diferente por dia

DICA MEDIÚNICA




Repreensão e Fraternidade

Entre os adeptos do Espiritismo e, principalmente, entre aqueles que se tenham feito médiuns para melhor servirem à Causa, deve imperar a verdadeira fraternidade. Nada de disputas sem fundamento ou aversões oriundas da inveja e da intolerância.
Na seara espírita existe espaço para quantos queiram, de boa vontade, cooperar com a implantação do Reino Divino sobre a face da Terra.
Que nenhum médium receie a tarefa do outro, porquanto cada qual, através do trabalho que lhe seja possível desenvolver no campo da mediunidade, é chamado a dirigir-se a determinado grupo de pessoas.
Nenhum medianeiro tenha o propósito de monopolizar as atenções do Mundo Espiritual ou se considerar um legítimo representante dos Céus na atividade que cumpre.
Paulo recomendou a Timóteo que se relacionasse com os companheiros com toda pureza d’alma, sem consentir que qualquer intenção subalterna se lhe assenhoreasse dos sentimentos.
Os espíritos superiores não se vinculam ao médium cujos propósitos na Doutrina não sejam transparentes – aquele que, de uma forma ou de outra, procura autopromover-se, criticando o esforço de terceiros, atrai a presença de espíritos interesseiros que, então, lhe povoam a mediunidade.
Quem se julgará em condições morais de repreender alguém? Que médium, por maior a importância de seu trabalho, se sentirá investido de bastante autoridade para censurar os companheiros?
A função do dirigente espírita, daquele que, por exemplo, conduz uma reunião, é a de pacificar os freqüentadores da casa, harmonizando as vibrações, pugnando para que as possíveis desavenças entre eles desapareçam. Neste sentido, não lhe convém cultivar preferência por este ou por aquele medianeiro, em detrimento de quantos igualmente  encontram esforçando-se para doarem o melhor de si.
O tratamento diferenciado envolvendo o médium cria ilusões perigosas e estabelece ligações afetivas doentias, das quais obsessores se prevalecem para suscitar a queda dos protagonistas.
Que o medianeiro tome a iniciativa de não aceitar privilégios e procure nivelar-se com os demais confrades, consciente de que por vezes, centralizando as atenções, costuma igualmente atrair a afetividade exagerada de quem, em si, anseia, equivocadamente, por um contato mais íntimo com o divino.
Quantos, elevando-se espiritualmente com a mediunidade, não se precipitam de grande altura, preparando para si próprio, desastres morais de imensas proporções.
A mediunidade deve somar e não dividir.
Incentivar o crescimento do próximo, alegrando-se com suas vitórias e conquistas, é perseverar  no combate ao egoísmo que, infelizmente, sequer tem poupado os médiuns.
Allan Kardec, na obra ciclópica da Codificação, contou com o concurso decisivo de dezenas de anônimos medianeiros quanto com a participação anônima de outras dezenas de instrutores da Vida Maior.
No exercício da mediunidade, não se despreze a fraternidade, a estar presente no relacionamento com os irmãos de fé.
A mediunidade não confere ao médium autoridade para se transformar em juiz das atitudes alheias.

Do livro “No Mundo da Mediunidade”
De – Carlos A. Baccelli e     Esp. Odilon Fernandes
Livraria Espírita Edições “Pedro e Paulo” LEEPP



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