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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Suicídio


O suicida

Pode-se ler na questão 957 de O Livro dos Espíritos: “Quais são, em geral, as conseqüências do suicídio para o estado do Espírito?”
“As conseqüências do suicídio são muito diversas; não há penas fixadas, e em todos os casos são sempre relativas às causas que a ele conduziram; mas uma conseqüência à qual o suicida não pode escapar, é o desapontamento. De resto, a sorte não é a mesma para todos: depende das circunstâncias; alguns expiam sua falta imediatamente, outros em uma nova existência que será pior que aquela da qual interromperam o curso.”
A observação mostra, com efeito, que a situação dos suicidas não é sempre a mesma; mas há as que são comuns a todos os casos de morte violenta, e que são conseqüência da interrupção brusca da vida. Isso porque, antes de tudo, existe a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço que une o Espírito ao corpo, laço esse que está quase sempre com toda sua força no momento em que foi quebrado, enquanto que na morte natural ele se enfraquece gradualmente, e freqüentemente é desatado antes que a vida seja completamente extinta. As conseqüências desse estado de coisas são o prolongamento da perturbação espiritual seguido depois da ilusão que, durante um tempo mais ou menos longo, faz crer ao Espírito que ele ainda está entre o número dos vivos.
A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo sobre o Espírito que assim se ressente, malgrado os efeitos da decomposição, e passa por uma plena sensação de angústia e de horror, estado esse que pode persistir por um longo tempo e ter a duração do restante da vida que eles acabaram de interromper. Esse efeito não é geral; mas em alguns casos de suicídio o Espírito não é libertado das conseqüências de sua falta de coragem, e cedo ou tarde expia seu erro de uma maneira ou de outra. É assim que certos Espíritos, que tinham sido muito infelizes sobre a terra, disseram ter sido suicida em sua existência precedente, e terem sido voluntariamente submetidos a novas provas para tentar suportá-las com mais resignação. Entre alguns é uma espécie de apego à matéria do qual procuram em vão se desembaraçar para se elevar para mundos melhores, mas cujo acesso lhes está interditado; entre a maior parte está o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois disso provaram apenas a decepção.
A religião, a moral e todas as filosofias condenam o suicídio como contrário à lei da natureza; todos nos dizem em princípio que não se tem o direito de voluntariamente abreviar sua própria vida. Mas por que não se tem esse direito? Por que não se é livre de dar um termo a seus sofrimentos? Estava reservado ao Espiritismo demonstrar, pelo exemplo daqueles que sucumbiram que esse ato não seria somente uma falta, uma infração a uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas sim um ato estúpido, já que nada se ganha, longe disso, muito mais se perde; isso não é a teoria que nos ensina, são os fatos que são colocados sob os nossos olhos.

Vale anotar:

·   As vicissitudes da vida têm uma causa justa, que pode estar seja na vida presente, seja nas existências passadas.

Para saber mais:

»  O Livro dos Espíritos Allan Kardec (2ª parte, cap. VI, Escolha das provas)
»  O Evangelho Segundo o Espiritismo Allan Kardec (cap. V, Bem-aventurados os aflitos)
»  O Suicida de Roger Perez (fascículo)
»  O Livro dos Espíritos Allan Kardec (4ª parte, cap. I, suicida)
»  O Céu e o Inferno Allan Kardec (2ª parte, cap. V, Suicidas)

Extraído do Curso de Espiritismo
Centre Spirite Lyonnais Allan Kardec
23 Rue Jeanne Collay
69500 BRON

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