Uma mensagem diferente por dia

segunda-feira, 21 de junho de 2010

MEDIUNIDADE ESPÍRITA

A mediunidade espírita é a que se alicerça em Jesus e Allan Kardec. A mediunidade é uma faculdade psíquica que independe de rótulo religioso - encontraremos a sua presença na origem de quase todas as crenças. Os grandes iniciados de todas as religiões eram intérpretes dos espíritos que os inspiravam. Os profetas eram missionários da mediunidade sobre a terra. Os apóstolos, na festa de Pentecostes, ficaram mediunizados... Os santos reverenciados pela igreja Católica possuiam o dom de curar, a clarividência, efeitos físicos; caíam em transe com frequência.
Todavia com Allan Kardec é que a mediunidade se tornou um intercâmbio consiente entre os Dois Mundos. Estudando os mais diversos dons medianímicos, criando terminologia própria, o Codificador devassou o Invisível, tornando natural o diálogo dos vivos com os chamados mortos.
Portanto não existe mediunidade legitimamente exercida fora dos padões da Doutrina Espírita.
O médium espírita é o que se submete à orientação doutrinária, colocando-se a serviço da Causa e não de si mesmo. O médium personalista é um médium rebelado contra os princípios que se consubstanciam no " dai de graça o que de graça recebestes".
Infelizmente, muitos medianeiros promissores acabam por se entregar única e exclusivamente à orientação dos espíritos que se comunicam por seu intermédio - marginalizam os fundamentos básicos de " O Livro dos Médiuns" e adotam uma linha de conduta que conflita com os propósitos do medianeiro bem intencionado.
Há quem busque na mediunidade a satisfação do seu próprio ego; não está movido pela intenção de servir, mas de projetar-se , de ter seu próprio nome exaltado, de alimentar a vaidade...
O médium presunçoso, mais cedo ou mais tarde, se comprometerá. Sem retaguarda espiritual que lhe garanta o equilíbrio, estará à mercê dos espíritos sem dicernimento, que o induzirão a cometer absurdos. Antes, pois, de cogitar do desenvolvimento mediúnico em si, deve o candidato aos serviços espirituais no campo da mediunidade interessar-se pela sua iluminação, no exercício constante da humildade.
Médiuns personalistas são agentes desagregadores; ao invés de somarem esforços, de motivarem os companheiros à prática do bem, inspiram desconfiança e estabelecem a disputa na casa espírita...
Todo médium é um tarefeiro, longe, conforme se imagina, de ser um missionário. Raros são os sensitivos que reencarnam com tarefa definida no campo da mediunidade; para a grande maioria , o trabalho vai se definindo com base no seu devotamento. Alguns renascem com o compromisso, fazendo jus à supervisão espiritual das Altas Esferas; outros se decidem por ele ao travarem contato com o Espiritismo, atraindo a atenção dos Espíritos Superiores que deles se aproximam na medida exata da confiabilidade que externem...
A idéia de que seja um espírito missionário tem sido obstáculo ao roteiro que o ser encarnado traçou para si mesmo... Imbuido de tais pensamentos, fascinado quanto às sua próprias possibilidades, foge aos compromissos imediatos que, então, passa a considerar de natureza inferior, como sejam: o casamento e a constituição da família, o esmero na profisão e a sua participação ativa nos assuntos da comunidade.
Mediunidade é compromisso de trabalho e oportunidade de resgate. Sobretudo, o médium é um espírito com elevados débitos cármicos que necessita se conscientizar de sua necessidade de servir - e servir incondicionalmente !
Extraido do Livro : Conversando com os médiuns ... de Carlos A. Baccelli e Odilon Fernandes
Da Livraria Espírita Edições " Pedro e Paulo "

2 comentários:

  1. Pai,
    Obrigada por estar sempre presente nos momentos triviais e nos momentos que eu mais preciso.
    Vir aqui te ler é muito gostoso e aprendo muito com isso.
    Beijocas

    ResponderExcluir